Queimadas voltam a prejudicar qualidade do ar no Amazonas

  • 03/09
  • Meio Ambiente

Manaus (AM) – A qualidade do ar no Amazonas voltou a acender o alerta de autoridades e moradores. Na terça-feira (2), a Defesa Civil estadual emitiu um boletim classificando as condições do ar como “ruim” em Humaitá (a 590 km de Manaus) e “moderada” em pelo menos 16 municípios do interior.

A causa: as queimadas e incêndios florestais, que aumentam drasticamente a concentração de material particulado no ar, um risco silencioso e perigoso para a saúde pública.

Em Humaitá, os índices de partículas inaláveis (PM 2,5) variaram entre 50 e 75 µg/m³ – muito acima do considerado ideal pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de até 15 µg/m³.

Nessas condições, toda a população pode apresentar sintomas como tosse seca, cansaço, ardência nos olhos, dor de cabeça e irritação na garganta. Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas são as mais vulneráveis.

16 municípios registraram qualidade do ar “moderada”

Além de Humaitá, outras 16 localidades registraram qualidade do ar “moderada”:

  • Tabatinga
  • São Paulo de Oliveira
  • Japurá
  • Fonte Boa
  • Eirunepé
  • Carauari
  • Boca do Acre
  • Jutaí
  • Envira
  • Lábrea
  • Apul
  • Manicoré (distrito de Santo Antônio do Matupi)
  • Novo Aripuanã
  • Borba
  • Autazes

Nesses locais, embora a população em geral não sofra impactos graves, grupos sensíveis, como asmáticos, cardiopatas e idosos, já podem sentir desconforto e precisam redobrar os cuidados.

A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) tem acompanhado a situação por meio do Grupo de Articulação e Atuação Estratégica para Acesso à Justiça dos Grupos Vulneráveis e Vulnerabilizados (GAEGRUV).

O objetivo é garantir que medidas protetivas sejam adotadas e que as populações mais afetadas recebam orientação e apoio.

Além da DPE-AM, órgãos como o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) monitoram focos de calor e avaliam danos ambientais.

Apesar dos esforços, as queimadas seguem como um desafio complexo, agravado pelo período de seca e pela ação humana.

Recomendações à população

A Defesa Civil orienta que, nas áreas afetadas, as pessoas:

  • Evitem atividades ao ar livre;
  • Mantenham portas e janelas fechadas;
  • Usem umidificadores de ar ou toalhas molhadas para melhorar a qualidade do ar em ambientes internos;
  • Hidratem-se constantemente;
  • Procurem atendimento médico em caso de piora de sintomas respiratórios.

A previsão é de que a situação persista pelos próximos dias, especialmente com a continuidade do tempo seco e o avanço do desmatamento ilegal na região.

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